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PRÊMIO 2011

ULTRAGÁZ

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DIPLOMA DE HONOR

DIPLOMA DE HONOR
EXCELENCIA POESÍA

Tuesday, July 12, 2011

NÃO SE FAZ MAIS POLÍCIA COMO ANTIGAMENTE

NÃO SE FAZ MAIS POLÍCIA COMO ANTIGAMENTE

“Os adeptos da cultura física, os entusiastas da saúde e os instrutores espirituais falam, todos, a respeito do relaxamento. Entretanto, muito poucas pessoas compreendem o que seja realmente o relaxamento perfeito do corpo e da mente ou como alcançar esse relaxamento.”. (Paramahansa Yogananda).

Os casos acontecidos ultimamente com policiais militares nos remetem a um pensamento acumpliciado nos fatores incautos promovidos por militares que descumprem as ordens emanadas das autoridades a que estão subordinadas, burlando o Código Disciplinar da Instituição a que pertencem, enlameando o bom conceito que a Instituição Polícia Militar conseguiu no decorrer de mais de 175 anos de excelentes serviços prestados a Sociedade cearense. Como força Auxiliar e Reserva do Exército, a Polícia Militar era comandada por oficiais das FFAA (Exército brasileiro). Uma lista tríplice era encaminhada ao Governador do Estado, que escolhia um oficial de sua confiança para comandar a briosa como é carinhosamente conhecida por todos. Inspeções anuais eram planejadas e realizadas pelo Comando-Geral e seu Estado Maior as unidades da capital e do interior cearense, além da ligação que tínhamos com a IGPM (Inspetoria Geral das Polícias Militares). Essas diretrizes mantinham a qualidade, e o grande conceito que a PM mantinha com a sociedade cearense.

As ações benignas não param por aí, pois a 10ª. Região Militar mantinha um constante controle nas ações da Polícia Militar, através de Inspeções promovidas pelo Comando da 10ª. Região Militar e seu Estado Maior. Além do mais os Governadores do Estado eram Coronéis do Exército e o cuidado com a segurança era uma preocupação constante. Uma pequena inserção da história da Polícia Militar nessa matéria que ora confeccionamos. Em maio de 1835, o Presidente (Governador), da Província do Ceará, padre, senador vitalício e orador sacro, José Martiniano de Alencar, preocupado com a segurança e o bem - estar dos habitantes da Província do Ceará assinou a Resolução Provincial nº 13, criando a Força Pública do Ceará, embrião da nossa valorosa Polícia Militar do Ceará, como marco germinante e real de uma instituição séria, digna de respeito e admiração, que com dedicação integral, atua diretamente os 365 dias do ano nos 184 municípios deste nosso querido Ceará.

A partir de 4 de janeiro de 1947 passou então à denominação que tem até os dias atuais a partir da entrada em vigor da constituição de 1946. Foi comandada por 103 comandantes. A Polícia Militar do Ceará (PMCE) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública do Estado do Ceará. Seu primeiro Comandante foi o Ten EB Tomaz Lourenço da Silva Castro, que comandou de 24/05/1835 a 19/01/1839. A Polícia Militar do Ceará é uma Instituição que se confunde com a história de nosso Estado. Não é à toa que falar desta Corporação é fazer um passeio pelos seus anos de existência e reencontrar personagens e fatos qua marcaram nossa história, como a Guerra do Paraguai, a Sedição de Juazeiro, Revolução de 1930 no Ceará, Combate ao Cangaço, Caldeirão, Revoluções de 1932, constitucionalista de São Paulo, e de 1964.

Com um passado de bases sólidas, a Polícia Militar tem na sintonia com o presente e com o futuro, um de seus grandes méritos. Ao longo de sua existência, a PM cearense trocou quatorze vezes de nome, mas nunca de ideal, qual seja: a Preservação da Ordem, Tranquilidade das Famílias e Segurança dos Cidadãos. Um passado histórico e de grande relevância. Nossa Polícia Militar era bem aquinhoada, visto que possuía: Armazém Reembolsável, onde os militares e famílias efetuavam suas compras, frigorífico, panificadora, torrefação de café, uma loja de eletrodomésticos proporcionava aos familiares dos PMs paz e tranquilidade, apesar dos salários tenham sido um entrave constante na vida dos bravos militares. Hospital Geral da Polícia Militar com Farmácia, ótica, além de um serviço odontológico moderno e um atendimento de fisioterapia, muito bem estruturado. Não fica por aqui, pois além dos citados pertenciam aos associados militares os clubes de entretenimento de Oficiais, Subtenentes e Sargentos, e dos Cabos e Soldados.

Um Centro de Assistência Social, Associação dos Cabos e Soldados, Associação dos Oficiais da Reserva e Reformados do Estado do Ceará. Vivíamos num clima onde o aguilhão era o ponto forte. No Quinto Batalhão situado na Praça José Bonifácio tínhamos um posto de Combustível, onde todas as viaturas eram abastecidas. Hoje parece que um tsunami sem proporções invadiu sem dó e piedade o patrimônio da briosa destruindo tudo. Extinguiram o Bptran (Batalhão de Policiamento de Trânsito) autor da façanha, ex- senador e governador Tasso Jereissati.

O Governador Cid Gomes Passou um trator num dos maiores patrimônios que foi duramente conquistado, a APM (Academia de Polícia Militar General Edgard Facó) que poderia dar sustentação a segurança ao Pavilhão de Feiras, que está sendo construído no local.  Até a nossa saúde foi afetada, pois exterminaram o Hospital Geral da PMCE, nos jogando para um Plano de Saúde de nome ISSEC. Trocaram seis por meia dúzia, pois o atendimento do novo plano não é dos melhores, opinião nossa. E além do mais estão descontados os tubos de dinheiro do nosso tão minguado salário para subestação do ISSEC. A escolha para os integrantes nas fileiras da Policia Militar era super-rigorosa e a vida pregressa dos novos policiais era investigada, os exames psicológicos, médicos e físicos eram rigorosos, aqui aproveitando o ensejo saudamos a figura de um homem que brilhou nesse trabalho de selecionamento, o saudoso professor Vierinha.

Hoje nem de sonho vivemos e sim de pesadelos infernais. O governo das “Mudanças” massacrou as duas Polícias e o Corpo de Bombeiros, rebaixando-os do primeiro escalão do governo, para o terceiro. Essa atitude impensada foi o golpe de misericórdia dado pelo senhor Tasso Jereissati a Segurança Pública do Estado. Hoje somos comandados por nossos próprios coronéis. Temos excelentes oficiais não podemos negar, mas a força que eles dispõem não é a mesma de gestões anteriores. Outro fator negativo para a escolha de jovens para o ingresso nas fileiras da corporação, é que os que buscam prestar serviços a PM, o fazem como última opção de emprego. O bom policial deve ter vocação para a profissão que escolheu. Soldados com excesso de peso erro raro, pois a educação física, aliada a prática de esportes contribuía para isso. Casos de indisciplina que acontecem com constância hoje, no passado eram raros, pois a hierarquia e disciplina tinha mais rigor. A mídia estampa em caixa-alta: “Crimes e castigo” – Segurança Pública. Um Policial Militar expulso por semana em 2011. A Polícia Militar do Ceará expulsou 25 policiais, uma média de um por semana, no primeiro semestre deste ano. Soldados, cabos e sargentos são acusados de envolvimento em vários crimes. Desde furto de shampoo no supermercado a homicídio e sequestro.

Esse fato deletério mostra o desalinho e o definhar na escolha dos PMS hoje. Se esses integrantes da PM estão embrenhados nas ações acima citadas, eles já tinham tendências para a prática do mal. É preciso cautela, zelo, e muita responsabilidade na seleção dos novos integrantes da PM. Não se vai pegar qualquer um para completar o grande déficit de efetivo que temos. Existem falhas na escolha e quem falha tem parcela de contribuição nas ações daninhas praticados pelos péssimos policiais que conseguiram ingressar na briosa. Podem acochar, pois os que fazem a Polícia Militar hoje irão encontrar mais casos com certeza. Uma assepsia precisa ser feita no efetivo e já. O que importa para a PM não é a quantidade de e sim a qualidade, no entanto, indagamos: “Qual o jovem de boa família, e de boa educação que almeja ingressar nas fileiras da PM para ganhar parcos salários”?

Com isso, não queremos afirmar que a maioria que integra a PM não seja educada e de boa formação familiar. Os que agem assim prestando excelentes serviços a população merecem nossos elogios. A seleção e recrutamento precisam melhorar da água para o vinho, senão novos casos escabrosos enlamearão o bom conceito que a nossa Polícia tem com a sociedade cearense. O pior de tudo é que nossos pracinhas são cobrados demais, mas a compensação inexiste. A criação do “Ronda do Quarteirão”, trouxe muita insatisfação para os demais policiais militares e a mídia está esmaecendo o nome da Polícia Militar, pois nos programas policiais o que se vê estampada é tão somente “Ronda do Quarteirão”. Vamos ficar de olhos bem abertos com esses policiais do Ronda, pois os mesmos talvez não tenham estrutura emocional para efetuar um policiamento com tanta tecnologia a sua disposição. Na Polícia Militar de hoje, ou é oito ou oitenta. Dos 184 municípios cearenses quantos delegados de polícia têm? Colocar três ou quatros policiais num destacamento é crime contra a vida dos profissionais que lá estão.

Quando irão respeitar os preceitos da ONU (Organização das Nações Unidas) que estabelece um policial para cada 250 habitantes? Não é só expulsando militares que irão resolver os problemas, pois muita coisa precisa ser pensada e colocada em prática. E essa “Academia Única” podem ter certeza que será um fracasso total. O pior de tudo está na mudança de governo, visto que, o que entra vem com pensamentos e ideias diferenciadas e tome mudanças. O giro pode se tornar um jirau. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIRCE- DA UBT E DA ACE



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