A ÚLTIMA LAPADA
“Para
ser feliz, jogue fora as mágoas. As mágoas, os melindres, as lembranças amargas
só servem de tormento para quem os carrega. Não tenha ódios, planos de revide,
desejos maus, numa espécie de luta contra a consciência. A consciência, por ser
divina e pura, segue normas próprias, invioláveis e se alimenta de perdão,
alegria e paz”. (Lourival Lopes).
Muitos
integrantes da justiça ainda merecem credibilidade. Hoje, infelizmente nós
confiamos, desconfiando, visto que o medo nos atormenta e nos deixa preocupados
e com futuro incerto. Os seres hominais perderam o senso de responsabilidade, a
ética, e a noção dos valores individuais e coletivos. O livre-arbítrio em sua
amplitude jamais foi lei e a desobediência é total. O humano transforma-se em
desumano, o racional em irracional, a inteligência metamorfosear-se em
burrice. O humano esquece a irmandade
divinal nocauteando a inteligência, tornando-se fera voraz a dizimar os que
veem pela frente. A violência de hoje
está no mesmo nível do passado, onde se matava “em nome de Deus”, e ainda
falava em alto e bom som, a Santa Inquisição. Será que o ato de aniquilar seres
humanos é algo santificado? Essa sentença nos faz lembrar o ato escabroso de
Domingos de Gusmão, que em 1215, dizimou 60.000 judeus, mouros e protestantes,
porque se opuseram a rezar o terço. E por esse ato “heroico” foi canonizado e
tornado santo. (grifo nosso).
O
título desse texto vai alcançar a figura de um homem de brio, inteligente,
honesto e de uma formação jurídica e familiar exemplo para outros que exercem a
mesma função de Cezar Peluso. Em seu último voto no Supremo Tribunal Federal
(STF), condena cinco réus, mostra as provas da corrupção, revela ao País como
funcionou o esquema do mensalão e influencia os demais ministros. Na verdade
foi à última lapada do grande ministro. Segundo relata Izabelle Torres da “Isto
É”, no voto em que o ministro Cézar Peluso não leu, ele criticaria a
insistência petista na tese de crime de caixa 2 de campanha eleitoral e teria
várias considerações sobre a atuação de José Dirceu. Mas seu veredito não será
conhecido. Aposentado aos 70 anos de idade deixa a caseira do que ocupava no
STF vazia, até que seja nomeado outro ministro para assumir ou substituí-lo. Durante seus onze anos como ministro do
Supremo Tribunal Federal, Peluso colecionou votos contra políticos acusados de
corrupção. “Só é feliz quem faz os outros felizes, dizia do púlpito, o
pregador, de coração inflamado. “Se falava verdades incontestes, sofria, porém,
pela boca da esposa a lhe dizer:” – Você só é bom por fora”. “Você não é o
prega”. Felizmente não poderemos jamais empregar essa sentença contra o grande
ministro Cézar Peluso, pois sua honestidade foi inconteste.
Em sua
despedida deu uma grande lapada condenando cinco pessoas. Ainda participou e
dosou as penas decidindo pela condenação em regime fechado para os acusados,
entre eles o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) candidato a prefeitura
de Osasco no mesmo estado. Vejam as penas: João Paulo Cunha seis anos de reclusão
em regime fechado e a perda do mandato. Condenado por corrupção passiva e
peculato. !6 anos de prisão para Marcos Valério por corrupção ativa e peculato,
Cristiano Paz por corrupção ativa e peculato, Ramon Hollerbach pelo mesmo crime
e Henrique Pizzolato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
Nossas
esperanças não morrem por cá, pois ainda contamos com um grande ministro e que
será o próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (SFT), o grande Joaquim
Barbosa. Esperamos que os demais integrantes da corte maior sigam o exemplo
deixado por Cézar Peluso e condenem essa quadrilha de corruptos, que
surrupiaram grandes quantias dos cofres da nação, para que outros antes de
agirem pensem duas vezes. O ideal seria que além de punidos todos os condenados
fossem obrigados a devolver às quantias subtraídas e seus patrimônios colocados
à disposição da Justiça brasileira. Os
fatos e acontecimentos deletérios jamais devem ser esquecidos. Pagot diz por
que se curvou: ”O Serra está me processando”. Ex-diretor do Dnit alivia para os
tucanos em seu depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), mas
depois revela em entrevista para a mídia o que estava por trás da sua decisão.
Minutos antes da sessão, o próprio Maggi avisou a alguns parlamentares que
Pagot não detonaria nenhuma bomba e evitaria criar fato político com novas
informações sobre esquemas de financiamentos de campanhas. Paulo Preto diz que
ele negou parte do dinheiro do rodoanel que foi para o PSDB.
Como é
possível um País em desenvolvimento, ou emergente como queiram. Viver atolado
em corrupções? Todo dia surgem sementes de novos atos ilícitos praticados por
empresários e políticos. Faz pena e dó sim senhor. “Segundo nos informa
Izabelle Torres e Claudio Dantas Sequeira, jornalistas da “Isto É”, Pagot disse
para CPI no dia 28 próximo passado:” “Depois que eu tinha negado o aditivo, no
final de 2010, estava almoçando e um conhecido meu que trabalha em uma empresa
me advertiu que o aditivo tinha a finalidade de contribuir com as campanhas de
Serra, Alckmin e Kassab. Ao dizer isso para o repórter, eu ressaltei que era
uma conversa de bêbado em botequim, que não dava para prova. Posteriormente, o
repórter usou as palavras que quis e não as que eu disse. É falso afirmar que o
aditivo para as obras do rodoanel seria usado para as campanhas eleitorais do
Estado e do município de São Paulo.”.
Já no
dia seguinte, o repórter lhe perguntou: Por que naquele momento dos 8% você
disse que era conversa de bêbado? Pagot respondeu: Você viu que eu reafirmei
98% da tua reportagem. Se você pegar as notas taquigráficas, eu ainda falo que você
fez a notícia correta, só faltou esse detalhe. Eu reafirmo a entrevista. Eu
apenas coloquei esse ponto aí e vou até dizer por quê. Vou ser sincero contigo.
Eu estou sendo processado! Na realidade dos fatos, Luiz Antonio Pagot – afirma que
aquele convênio que fizemos em São Paulo tinha um percentual que era para a
campanha. Todo mundo sabia que x era para a campanha. E esse x da campanha
tinha três: Serra, Kassab e Alckmin, 60%, 20%, 20%. Sinceridade, acreditar em
políticos fica a critério da cada ser humano. Será que essas mazelas só
aconteceu em São Paulo e Brasília? Fica a pergunta no ar. Pense Nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT-
DA AVSPE- DA AOUVIR E DA ALOMERCE.
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