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ULTRAGÁZ

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DIPLOMA DE HONOR

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EXCELENCIA POESÍA

Monday, April 4, 2011

RONDA DO QUARTEIRÃO

RONDA DO QUARTEIRÃO

“Enquanto não tivermos obtido a visão final, não se esgotará nossa busca de Jesus”. (Um monge oriental).

O tão propalado e badalado “Programa Ronda do Quarteirão” que teria como pai o atual governador do estado do Ceará Cid Gomes, não coaduna com a realidade. Programas anteriores ao “Ronda” tiveram a mesma finalidade, mas sem as pompas do atual “Ronda do Quarteirão”. É um programa de Segurança Pública ‘implementado’ no estado do Ceará em novembro de 2007, em cinco áreas piloto, posteriormente expandida.

Já em 22 de fevereiro do ano de 2008 foi ampliado de 76 para 91 áreas de atuação, abrangendo todos os bairros de Fortaleza, mas na realidade não é isso que presenciamos. Segundo o site Wikipédia, em 12 de junho de 2008 houve a expansão do programa para novas áreas de atuação, abrangendo por completo as regiões de Fortaleza, e as regiões metropolitanas de Caucaia e Maracanaú.

Já no mês de junho de 2009, o Governo do estado implantou o projeto nos municípios de Juazeiro do Norte e Sobral. Uma das promessas de campanha de Cid Gomes nas eleições a Governador. Dizem os filhos de Candinha que o atual governador teria se inspirado no repórter policial da Rede Globo Gil Gomes, setorista policial para criar o programa epigrafado. Conhecido como policiais estudantis por sua indumentária, visto que a mesma não mostra a impressão que o policial deve ter na presença em combate contra a marginalidade. Uma viatura portentosa Hilux, com apenas dois policiais, um na direção e o outro atendendo telefonemas da população.

A antiga dupla Cosme e Damião mudava de aspecto, pois passava do policiamento a pé para o motorizado, com viatura climatizada e computadorizada. Segundo o ex-secretário de segurança Roberto Monteiro, foram gastos 57 milhões para sua implementação. No início do programa houve diversas críticas pelo uso de viatura Hilux SW4  no valor estimado de 165 mil reais cada, o que presumiria gastos de mais de 70 milhões em viaturas para implantação do projeto.

O governador do Estado do Ceará apresentou, como justificativa dos elevedos gastos em viaturas e equipamentos de última geração, a valorização do policial. Nas palavras do governador Cid Gomes, destaca: "Temos hoje o que melhor existe no mundo em tecnologia. Estamos sempre procurando avançar. O Ronda conta com viaturas 4x4 equipadas com câmeras, computador de bordo, GPRS, celular, e motos off-road,  que servem de apoio" .

Só que o governador do nosso Estado não se deu conta, de que segurança não se faz somente com beleza como vem acontecendo na compra de viaturas, e na construção das novas delegacias de polícias. Nos primeiros dois meses houve um balanço do programa em que se criticou o preparo dos policiais no uso do veículo disponibilizado.

Policiais novos, entre 18 e 24 anos, e apresentação de altos índices de acidentes envolvendo as viaturas do programa. Entretanto a imprensa divulgou balanço positivo aquele período, com 51 armas de fogo apreendidas e 181 prisões flagrantes. O primordial na Segurança Pública é o investimento no homem, o que não vem acontecendo, pois os salários são míseros e existe discriminação entre os policiais que fazem o policiamento ostensivo e repressivo(na pedra) termo conhecido na gíria policial.

A metodologia seria essa: “ O sistema consiste em disponibilizar para cada equipe 12 policiais, divididos em três turnos de oito horas. A equipe fica composta em cada turno de oito horas por 3 policiais. Dois deles compondo um viatura Hilux SW4 e uma motocicleta com motociclista de apoio. As duas viaturas, o automóvel e motocicleta, transitam juntas durante o dia. Durante a noite, o componente da motocicleta agrega-se à equipe que transita na Hilux. As viaturas do ronda do quarteirão ficam limitadas a um perímetro de 1,5 km a 3 km quadrados. Esse pequeno perímetro de cobertura para cada equipe permite um tempo de resposta de 5 min. Como as viaturas são compostas por GPS, as mesmas ficam restritas a esse perímetro delimitado pelo comando operacional.

Uma "cerca eletrônica" registra se a viatura sair do seu perímetro. Todas as viaturas são monitoradas em seus deslocamentos. Tempo de resposta consiste no tempo que leva entre a solicitação de um usuário e a chegada da viatura no local. As propostas do Governo são: “Como proposta de aproximação entre policiais e população , a direção desse projeto de segurança pública  disponibilizou o telefone de cada viatura em seus respectivos trechos.

O objetivo seria diminuir o tempo de resposta ao chamado. O usuário chamando diretamente o celular  da viatura, em seu perímetro (máximo de 3 km quadrados), houve diminuição do tempo de resposta em muitos casos, por conta da eliminação do tempo de "retardo" que havia em: registrar a ocorrência no número de emergência (190), aguardar que a operadora do 190 localize a viatura da área, e o tempo que o comando designe que a viatura desloque para local da ocorrência.

O solicitante falaria diretamente com o policial mais próximo de si, não haveria intermediário na solicitação para quem assim desejar proceder.
Juntamente com o telefone daquela viatura , a foto dos componentes da equipe e seus nomes são apresentados em um panfleto distribuído nas residências e comércios em cada perímetro. O objetivo do programa, com essa medida, seria que a população se tornasse mais íntima dos policiais de sua área. Todos os moradores daquele perímetro reconheceriam por nome e fotografias os policiais que lhe atenderiam, ou estariam à disposição.

Pura ilusão, pois a população dos bairros de Fortaleza, principalmente os da periferia estão carentes de pavimentação e saneamento básico e inúmeras ruas nem calçamento de pedra tosca possuem. Pinçando por esse e outros detalhes o sonho do governador deve ter virado pesadelo, pois alguns acontecimentos envolvendo policiais do Ronda estavam enlameando o nome da briosa corporação, Polícia Militar. Nossas autoridades governamentais demonstram não ter afinidade com a Segurança Pública, pois no governo das mudança do ex-governador Tasso Jereissati, com a municipalização do trânsito ele extinguiu sem dó e piedade o Bptran, que além do policiamento de trânsito executava o policiamento ostensivo.

Hoje com a criação da AMC, autarquia municipal de trânsito, a insatisfação da população aumentou, pois o azimute principal da autarquia é a multa, enquanto garrafamentos homéricos se formam, nenhuma autoridade da autarquia surge para desafogar o trânsito complicado da cidade de Fortaleza. Pinçamos do Portal TV Diário/ Verdes Mares o seguinte: “ Policial do Ronda do Quarteirão revela falta de capacitção na PM, notícias publicadas em 29/07/2010, 14:06h. Dormindo em serviço três policiais do Ronda são demitidos, juiz determina que Nissan participe de licitação do Estado, preso terceiro envolvido na morte de soldado do Ronda do Quarteirão.

Policial morre após grave acidente envolvendo viatura do Ronda do Quarteirão, policiais do Ronda danificam calçada de morador em Caucaia. Sem ter a identidade revelada, um policial do Ronda do Quarteirão, em entrevista à equipe de reportagem da TV Diário, revelou particularidades no treinamento dado pela Polícia Militar aos seus primeiros integrantes. Segundo o militar, que ingressou em 2007 na mesma tropa do policial que matou com um tiro na cabeça o jovem Bruce Cristian, os cursos básicos utilizados na formação de um profissional de segurança pública não foram aplicados aos iniciantes no programa do Ronda.

“Treinamentos inadequados para policial Militar foram integrados na rotina do dia a dia como:” “Após a ‘implementação’ do programa Ronda no Quarteirão, os únicos cursos que foram ministrados foram cursos de etiqueta – como segurar talheres, copos ou taças e como se portar em um restaurante – ou cursos de técnicas de relaxamento, uma espécie de tai-chi-chuan.” ressaltou. O policial comentou ainda que na formação de sua turma, não participou de nenhum tipo de curso de abordagem policial, incursão em favela, tiro ou mediação de conflitos. A capacitação e o ensinamento básico para PM não foram empregados para os que entraram no Ronda do Quarteirão, conforme vídeo que se encontra a disposição de todos na Rede Mundial de Computadores, a Internet. Do blog de Egídio Serpa pinçamos o seguinte: “Assinando-se Alfinetador, um leitor deste blog postou o seguinte comentário”.

O autor é policial militar e, pelo que escreveu, não gosta nem do Ronda do Quarteirão, que paga uma gratificação especial aos seus policiais, nem de como o Governo do Estado relaciona-se com a Polícia Militar. Ele mesmo considera que seu texto é “um marco e um instrumento de protesto”, mas a comunidade leitora deste blog está livre para opinar sobre o que diz o Alfinetador. “Peço que, em nome de todos os Policiais Militares deste Estado, seja publicado o texto a seguir, que é um marco e um instrumento de protesto, e que possa chegar aos quatro cantos deste Estado e que todos possam ler e saber como se sente um policial militar hoje em dia”.

Eis o texto: VERGONHA – Eu tenho vergonha do meu gorro surrado, pelo dia a dia suado e que findou manchado, diante da boina do Ronda bonita e italiana. Eu tenho vergonha da minha gandola rasgada, que de tanto lavar está apertada, diante da gandola do Ronda leve e boa de usar. Eu tenho vergonha da minha calça desbotada que de sol a sol perdeu a cor, diante da calça do Ronda, linda, azul e sem rasgos. Eu tenho vergonha do meu cinto de guarnição que quando de serviço ostenta um 38 canela seca e um cassetete de madeira, diante daquele cinto do Ronda, envernizado, cheio de apetrechos singulares e que sempre está equipado com no mínimo uma - ponto 40.

Eu tenho vergonha do meu coturno esburacado e que até já está sem solado, diante daqueles coturnos de marca que custam os olhos da cara e que o homem comprou pro Ronda. Eu tenho vergonha da minha viatura despedaçada, sem trinco, sem vidro nem nada, diante daquelas belezura que só os ricos usam que são as Hilux do Ronda. Eu tenho vergonha do meu contracheque que, depois dos descontos e das compras do mês, não sobra um vintém pra comprar nem por bem um remedinho de emergência, diante daquele contracheque gordo e pomposo que de olhar dá até gosto dos meninos do Ronda. Eu tenho vergonha de ser policial militar neste estado, de ser tão discriminado, diante desta piada que não nos ajuda em nada, este tal de Ronda. Policial Militar desanimado aguardando o suicí… ou melhor, o subsídio. “Parabéns, Governador, por em apenas dois anos dilacerar sem dó nem piedade uma corporação quase bicentenária que não tem absolutamente nada a ver com os caprichos de V.S.a Alfinetador, alfinetando pela última vez…”.

Destruíram a Academia de Policia Militar General Edgard Facó, conquista da PM no governo dos militares, para construírem um pavilhão de feiras. No lugar da academia será construída uma academia única, como à formação policial fosse um liquidificar, onde se mistura tudo e depois vem à bananada em forma de marmelada. Recentemente policiais do Ronda do Quarteirão foram flagradas em orgias sexuais no interior de uma viatura Hilux do Ronda do Quarteirão, sem contar as denúncias constantes de policiais namorando e dormindo em serviço. É duro aceitar uma nova estratégica de policiamento que vem esmaecendo o nome da Polícia Militar, pois o Ronda é conhecido como a Polícia do Governador do Estado do Ceará.

O pior de tudo é que a violência continua crescendo, e os assaltos a bancos no interior do estado aumentando. Dos 184 municípios cearenses poucos estão sendo comandados por delegados de policia e normalmente alguns municípios os efetivos policiais são reduzidos e presa fácil para os audaciosos assaltantes de bancos. Agora o novo Secretário de Segurança é um coronel da PM, que sempre trabalhou com o governador do Estado, o que indagamos hoje é se o coronel Francisco Bezerra tinha tempo suficiente para ingresso na reserva. Será que o estado não dispõe de verba orçamentária para dar um banho de loja onde se aquartela o Comando de Policiamento da Capital (CPC), o 5º. Batalhão e até o Ronda do Quarteirão. Ainda temos que sofrer com descontos exorbitantes de uma Previdência criada pelo estado, que aniquilará com o Hospital da Polícia Militar.

A Polícia Militar tempos atrás tinha Padaria, Torrefação de Café, Armazém Reembolsável, Frigorífico, e uma assistência médica de boa qualidade, com centro odontológico e de fisioterapia. Hoje resta apenas a lembrança de bons tempos e se duvidarem podem até extinguirem a briosa corporação com mais de 150 anos de excelentes serviços prestados a sociedade cearense. O efetivo das Polícias está ultrapassado, a cidade cresceu, a população aumentou e o efetivo é praticamente o do ano de 1972. Não se faz mais polícia como antigamente. Policiais estressados, nervosos, cansados, com problemas familiares, obesos, pois a saudável prática de educação física não existe mais.

A benfazeja prática esportiva escafedeu-se, as inspeções a unidades da capital e interior sumiram e nem o Comando da Décima Região Militar que todos os anos fazia sua inspeção operacional não a executa mais. A IGPM (Inspetoria das Polícias Militares) que prestava grandes e relevantes serviços à corporação entrou em estagnação biológica, nos deixando órfãos e ao capricho do Comandante maior da Segurança Pública, o Governador do Estado.  A PEC 300 o verdadeiro sonho dos policiais foi esquecida na gaveta do atual vice-presidente da República, Michel Temer.  Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA ACE- DA AVSPE- DA AOUVIR/CE-JORNALISTA-RADIALISTA E ADMINISTRADOR

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