ROUBAR VAI SER MAIS DIFÍCIL?
“Minha mala foi aberta sem fiscal e sem feitor; por
dentro era a papelada e de trabalho, paz e humor. Em qualquer parte o desprezo,
surge por todos os lados; no entanto, há muitas defesas que honram os
desprezados.” (Cornélio Pires).
A
riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É
o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o laço mais
forte que prende o homem a Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Quanta gente
nasce pobre, para ver que, na verdade, rico é quem perde de si na soma da
caridade. Roubar é ridículo. Para o homem, a arma mais perigosa é essa
sinonímia. É o que ele mais teme; é presentemente a que tendes de rebater.
Dolorosas são as feridas que ocasiona. Somente interpretamos por fortuna real
as fontes de amor que nos possam entender a sede justa de estímulo na obra
redentora. A verdadeira fortuna é justamente essa, a de alma que se consagra ao
Senhor, buscando-lhe os divinos desígnios.
A
fortuna para construirmos a moradia de nossa alma é a vida que Deus nos
empresta. A Riqueza intelectual segunda Bezerra de Menezes estava perfeitamente
ciente era a intelectual. É, depois da virtude, o primeiro dos bens, e que, sob
o ponto de vista econômico, é a riqueza mais produtiva, porque é cambiável para
outros planos da vida. Lamentamos que o homem tenha enveredado para o caminho
da riqueza material, e esquecido que pertencemos a uma sociedade carente de
ajuda, onde a pobreza e a miséria são pontos fortes que devem ser combatidos. Ressalte-se,
que nos tempos de antanho, coNforme tomamos conhecimento, muitos deuses eram
cultuados. Um deles era Mamon, contudo, não era a sinonímia de divindade e sim
um termo de origem aramaica que representava o mais desejado pelos políticos
corruptos de hoje, o dinheiro e a riqueza. Jesus, no Evangelho, afirma que não é possível
servir a Deus e a Mamon em pé de igualdade. (Lucas16: 13).
Dizem
que Deus caprichou na sua criação, no entanto, Ele deveria ter pensado um
pouquinho mais ao dar de presente, o livre-arbítrio ao homem. Sua criação, na
realidade não estava preparada, para tão grande missão. O hominal aderiu ao
egoísmo, à inveja, a soberba, a preguiça de diversos matizes, a ambição e a
vontade intrínseco de locupletar-se. “Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao
próximo como a ti mesmo”. Dois mandamentos fundamentais para a felicidade
terrena. É bom que se frise que Deus não condenou a riqueza, no entanto, ela
deveria ser compartilhada entre os mais carentes e necessitados. A fraternidade
deveria fazer parte do ecrã humano com muita simplicidade. O que vemos nos
amedronta: Nações ricas explorando as pobres, as estratégias de guerra são
traçadas para a venda de armas, para aquisição de mais vil metal e a destruição
de parte da humanidade, através das refregas, que classificam de “santas”. “O
que Jesus realmente reprovou” foi o apego à posse material e o desejo de
consegui-la a qualquer preço o que ainda hoje ocorre com frequência e levou um
filósofo de nossa época a afirmar que a religião do homem moderno era o
"monoteísmo do mercado", expressão severa, mas que traduz bem a
atitude dos que buscam a posse como um fim em si mesma, fazendo dela o centro
de suas vidas, a condição essencial de sua felicidade.
O homem é mau com
certeza. Mata pelo simples prazer de matar. Surrupia verbas para os mais
carentes, desviam verbas para outras finalidades e, o social padece a cada dia.
Existe hoje uma crise mundial, que é fruto da ganância humana dos governantes,
onde cada país quer ter um fator de crescimento grande sem planejamento
adequado e desordenado. O povo brasileiro vive momentos dolorosos fruto da
corrupção cancerígena que atacou empresários, Câmaras, Senado, Assembleias e
outros órgãos estaduais e federais. Um nome em voga e conhecido no Brasil, o
mensalão vem denegrir a imagem dos políticos honestos, que por infelicidade
estão sentindo na pele a vergonha que alguns representantes do povo ao
desviarem seus azimutes, levaram a categoria a uma descrença geral.
“Dizem os
estudiosos políticos que a partir do julgamento do mensalão, ficará mais
complicado fazer caixa dois, montar esquemas para comprar apoio parlamentar e
apostar no foro privilegiado como forma de se livrar da cadeia. O desafio,
agora, é como escapar do sistema político que cria um ambiente favorável aos
delitos, nos informa o jornalista da revista “Isto É”, Sérgio Pardelllas”. (Grifo
nosso). Estamos
nas mãos dos juízes que compõem o Supremo Tribunal Federal (STF). Que os
acusados e condenados sejam presos e passem um bom tempo nos presídios e que
façam o primordial, a devolução do montante desviado ou surrupiado dos cofres
públicos. O presidencialismo, sistema político do Brasil, nunca esteve tão em
baixa. A insatisfação é gera, excetuando-se os que fazem parte das militâncias comunistas
e socialistas. “O presidencialismo de coalizão” – é o modelo
político-partidário peculiar adotado no Brasil, desde a redemocratização, no
qual o presidente constrói base de apoio concedendo postos ministeriais e
cargos a integrantes dos partidos governistas com representação no Parlamento.
Em troca, os partidos fornecem os votos necessários para aprovar sua agenda no
Legislativo. Isso pode se chamar conchavo? Só Freud explica! Em 1997, a
aprovação de Emenda da reeleição gerou acusações de compra de votos. Na
prática, o presidencialismo de coalizão serve para: dar governabilidade ao
presidente, assegurar a aprovação das principais propostas do Planalto no
Congresso e evitar que a oposição paralise politicamente o governo com pedidos
de investigação. Se a oposição é minoria, o governo borda e pinta com certeza,
pois os que apoiam o governo, na realidade tem um pedaço da rabo preso. Os
partidos de coalizão participam do governo quase que de forma
semiparlamentarista, oferecendo a maioria de que dispõem no Congresso para
apoiar a agenda do presidente. Se o presidente for corrupto, o governo de
coalizão segue o mesmo caminho.
Adotado
a partir da redemocratização, esse modelo deletério e imoral, baseado na política
do toma lá da cá e no fisiologismo, já produziu pelo menos quatro grandes escândalos
na história recente do País. Os cinco anos para José Sarney, o impeachment de
Collor, a emenda da reeleição, o mensalão e os escândalos produzidos pelo
presidencialismo de coalizão. Segunda nos informa a Revista Isto É, os novos
obstáculos para a corrupção são: “fim do “Eu não sabia”; efeito cascata na
primeira instância; Caixa 2 deixa de ser crime menor; foro privilegiado não é
mais sinônimo de impunidade”. Para o juiz Marlon Reis, criador da Lei da Ficha
Limpa, o STF estabeleceu novas práticas que criminalizarão a corrupção. Três
obstáculos para os políticos corruptos: “Os empresários não querem mais fazer
doações de caixa 2. Eles estão preferindo por vias oficiais. Por isso a
arrecadação este ano está menor”. (Gilmar Mendes, ministro do STF).
“O
julgamento marca a caracterização do réu na produção de provas. Efetiva a
responsabilidade de quem comandou a ação”. (Joaquim Barbosa – relator do mensalão.).
“A coalizão não pode ter como móvel o aspecto financeiro. Já no início, ocorre
um loteamento de cargos públicos. A coisa vai degringolando e depois parte para
a prata”. (Marco Aurélio Mello, ministro do STF). Uma ideia que deveria ser
posta em prática com a Nova Constituição e que sanaria os problemas políticos
que o País vem enfrentando. Como político não é profissão, os crimes deveriam
ser julgados pela justiça comum.
Acabar
com a imunidade e impunidade e o político só ter direito a uma reeleição, dando
lugar a novos políticos para retirar os viciados em política que estão no
parlamento. Tem político que se falar em sair morre com certeza. Entidades que
encampam ações de combate à corrupção estão animadas com a possibilidade de os
entendimentos aplicados aos réus do mensalão se replicarem em processos nos
tribunais de justiça por todo o país envolvendo agentes públicos sem foro
privilegiado. Isso deve ser mudado, não deve existir essa bonança alcunhada de
foro privilegiado. O que vai acontecer com os responsáveis com as obras do PAC
(Plano de Aceleração do Crescimento)? Obras importantíssimas estão paralisadas,
e o que foi executado está se deteriorando e, poderá haver necessidade de ser
executada novamente. Quem pagará por esses prejuízos. As Brs estão em situação
precaríssimas aumentando a estatísticas de mortes por acidentes, as obras faraônicas
que não tem fim, a ferrovia transnordestina e outras obras de impacto como
ficarão. As obras da Copa do mundo devem ser investigadas. Será que não há
superfaturamento? É bom examinar, pois, infelizmente no Brasil atual tudo é
possível. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA AC- DA ACE- DA UBT-
DA AVSPE- DA CEN- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE.
O
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