O
ESPIRITISMO E OUTRAS RELIGIÕES
“Os
incrédulos estão por toda parte. E o pior de tudo é que se tornam cegos e
desconfiados. Já os que afirmam que a Bíblia é a palavra de Deus, demonstram
negativas as afirmações do Cristo de que, nenhum ser hominal tem a primazia de
ver o Pai Maior e muito menos conversar com Ele. Jesus não escreveu nada e os
Evangelhos foram iniciados 70 anos após a sua morte. O direito de não acreditar
é respeitado, mas a condenação de uma crença é algo abominável.” (Antonio Paiva
Rodrigues).
Alguns vídeos do youtube trazem polêmicas
sobre a figura exemplar do grande espírita Francisco de Paula Cândido Xavier.
Marília Gabriela ao entrevistar o padre Fábio de Melo, indaga se ele acredita
no Espiritismo e na Reencarnação. Ele afirma que não, mas fala na bondade do
grande Chico Xavier, pelo que ele fez pelos mais fracos e oprimidos, o
considerando um homem bom e logicamente filho de Deus. Nega também as
psicografias escritas através das mãos de Chico. Em outro vídeo, que narra um programa
televisivo, o apresentador exaltado indaga a um pastor se ele acredita no
Espiritismo. A resposta é quase a idêntica a do padre aqui epigrafado, no
entanto, o pastor vai mais além citando as passagens de Isaías 8:19: 20,
Deuteronômio 18, e se borra todo ao afirmar que os espíritos que Chico Xavier
recebia eram demônios personificados e citou o caso da serpente em Gênesis, que
tentou Eva no paraíso.
O
programa tem a seguinte nomenclatura: “Na
Mira da Verdade”. Aqui fazemos uma pequena indagação: “A Igreja Católica do
Padre Fábio de Melo ao iniciar suas atividades começou com a crença na
reencarnação, mas por imposição da mulher de Justiniano, que era prostituta e
que mandou executar 500 delas, obrigou ao seu marido acabar com a reencarnação,
pois não queria reencarnar novamente como prostituta, negra e escrava”. Pura
discriminação. É bom lembrar que: “Os corpos são compostos dos quatro elementos
básicos: oxigênio; hidrogênio; azoto e carbono. Com a morte, esses elementos se
dispersam e entram na composição de outros corpos, tão bem que ao cabo de um
certo tempo o corpo inteiro é absorvido. Nesse caso é impossível a ressurreição.
O padre Fábio de Melo precisa estudar mais um pouquinho de física, química e
biologia, para entender da ciência criada por Deus celestial. “Até meados do
século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa
oriental já proclamava milênios antes da era cristã, como fato incontestável,
norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem
para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova
existência.
Aconteceu,
porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em
decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir
tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição,
que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por
ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os
seus elementos constitutivos. É que Teodora, esposa do famoso Imperador
Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao
mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão
sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa
intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.
E
assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu
rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos
que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram,
inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do
Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta
Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias
(Mateus 11:14 e Malaquias 4:5). Ressalte-se que a própria Bíblia na
transfiguração Jesus no Monte Tabor conversa com os Espíritos (segundo o pastor
acima mencionado de demônios personificados) de Elias e Moisés. A Religião
Protestante é uma ramificação da igreja católica, criada pela dissidência de Lutero
com os seus superiores, pois não aceitava os horrores que a ICAR praticava na
época. O que dizer da Inquisição; das cruzadas, dos Templários, e outras
violências praticadas pela igreja em alusão contra os que discordavam de seus
dogmas.
Domingos
de Gusmão no ano de 1215 queria obrigar judeus, mouros e protestantes a rezar o
terço, mas como todos se negaram ele mandou executar 60.000 de uma vez só. E
por esse ato “heroico” ele foi canonizado e tornado santo. Na guerra dos 30
anos os protestantes também pintaram e bordaram e até a inquisição fez parte do
teatro de operação da guerra. De 1618 a 1648 católicos e protestantes lutaram estrenuamente
e as tensões religiosas cresceram na Alemanha no
último quarto do século 16. Durante o reinado de Rodolfo 2o, a ação
católica foi extremamente agressiva. Foram destruídas várias igrejas
protestantes, além de uma série de medidas contra a liberdade de culto. A
vinculação entre o Império e a Igreja fazia com que os ideais de independência
política tivessem um viés religioso, como é o caso da Boêmia, palco dos
episódios que se constituíram no estopim do conflito. Mortes de um lado e
mortes do outro era uma verdadeira luta pelo poder religioso.
Em 1555 foi assinada a Paz
de Augsburgo, a partir da qual os príncipes alemães passaram a ter o direito de
definir a religião em seus territórios. O desfecho de 25 anos de guerra
representava o enfraquecimento do poder imperial-católico e o fortalecimento da
nobreza e de parte da burguesia, que havia aderido ao luteranismo. A conversão
de elementos da nobreza a nova religião representava uma forma de oposição às
tentativas do imperador em tornar-se absolutista, e trazia ainda a cobiça em
relação às terras da Igreja. Em 1556 o imperador Carlos V abdicou e os
territórios do Sacro Império foram divididos entre seu irmão Fernando, que
recebeu os domínios austríacos e germânicos e seu filho Felipe, que ficou com
as demais regiões.
Sabemos
que a Igreja foi uma poderosa instituição medieval. Mas entre os séculos XI e
XIII, ela passou por diversas crises e mudanças, surgindo daí inúmeros
movimentos que criticavam seus valores e posturas: As heresias, que contestavam
certos dogmas da Igreja Católica e por isso foram duramente perseguidas; as
ordens mendicantes, correntes internas que questionavam a preocupação da Igreja
com as questões materiais; as reações da própria Igreja para combater esses
movimentos, principalmente a reforma gregoriana (do papa Gregório VII, na
primeira metade do século XI) e a instituição da Santa Inquisição, no século
XIII. A partir do século XV as críticas à Igreja Católica retornaram, ganhando
muitas forças no século XVI. Os conflitos e as diferenças dentro da Igreja
tornaram-se tão séria neste século, que acabaram gerando uma cisão na
cristandade por meio da Reforma Protestante. A Bíblia que afirmam ser a palavra
de Deus foi profanada, visto que foram subtraídos da original sete livros. Uma
religião ficou com 73 e a outra com 67. Voltando ao Espiritismo e as acusações
a Chico Xavier nós indagamos quem psicografou os mais de 423 livros atribuídos
a ele? Macaco nunca olha para seu rabo, pois a comunicação com os espíritos era
explícita na Bíblia e houve bastante polêmica acerca
dos eventos registrados em 1 Samuel 28:7-20. Nesta passagem, o primeiro rei de
Israel, Saul, já nos últimos dias da sua vida, pede para uma necromante invocar
o espírito de Samuel.
Saul quer pedir conselhos de Samuel apesar de Samuel,
ainda com vida, ter se recusado a dar mais conselhos. Aparentemente, Samuel
aparece e se comunica com Saul, confirmando o que já havia profetizado que Deus
virou contra ele e que deu o reinado dele a outro – Davi. (profetização nos dia
de hoje significa mediunização). A polêmica se levantou na interpretação desta passagem em relação
à possível comunicação com os mortos. Alguns acreditam que Saul de fato
comunicou-se com Samuel. Outros acreditam que não. Dos que acreditam que Saul
não se comunicou com Samuel, há quem acredite que Saul foi enganado pela
necromante. Outros afirmam que foi um espírito enganador, talvez até um demônio
que se comunicou com Saul. Evidentemente, uma das preocupações dos intérpretes
é com a possibilidade de reconhecer que a comunicação com os mortos é possível.
Apresentaremos os indícios que nos levam a crer que de fato Saul falou com o
espírito do profeta morto Samuel. Em seguida apresentaremos evidências para
confirmar esta conclusão. Finalmente, examinaremos a questão das implicações
desta interpretação. Tomando como fonte o site: http://www.hermeneutica.com/estudos/1samuel28-01.html/
destacamos: A evidência mais convincente de que Saul de fato se comunicou com o
profeta morto Samuel é o testemunho da própria Bíblia. Veremos esta evidência
com uma análise do próprio texto da passagem.
Às vezes os intérpretes esquecem
um dos princípios básicos da interpretação – o exame detalhado do texto. Como
resultado, alguns começam a atribuir, sem fundamento, palavras ou conceitos ao
texto que jamais existiam na Palavra. Na nossa análise da passagem veremos que
um exame objetivo do texto, mesmo em tradução, revelará que de fato Saul se
comunicou com o espírito do falecido Samuel. A passagem começa com Saul movido pelo medo à procura da médium de
En-Dor (1 Sam 28:5-10). Os filisteus juntaram um grande exército contra Israel
e, no início da passagem em questão Saul começa a perceber que ele vai perder a
guerra. Ele pede para a médium ou necromante de En-Dor chamar Samuel (v.11), o
profeta já morto (v.3). Samuel havia o guiado antes, mas o deixou depois que
ele desobedeceu ao Senhor (1 Sam 15:26). Numa sessão de necromancia digna de um
filme de terror, Saul se junta com a mulher quando ela tenta trazer de volta
para esta vida o espírito do falecido Samuel. Assustada com a aparição do ser
que ela invocou, a mulher grita em alta voz (v. 12).
Quando a mulher descreve o homem que ela vê, Saul entende que é Samuel
(vv.12-14). Alguns intérpretes se detêm muito com a percepção de Saul, como se
o resto do relato fosse apenas descrever o que Saul entendeu. No entanto, o
relato segue no formato do resto do livro de Samuel, dando a entender que o que
está sendo contado de fato ocorreu. Em nenhum momento nos versículos posteriores há qualquer indício de que
aquilo que é relatado seja fruto apenas da imaginação de Saul ou que a mulher o
enganou. Não há palavras como “entendeu” ou “imaginou” descrevendo o que
aconteceu. Em v. 15, por exemplo, quando a passagem relata as primeiras
palavras do ser que apareceu, o versículo não diz “Aquele que Saul pensou ser
Samuel disse...” ou “Aquele que Saul entendeu ser Samuel falou...”. A passagem
diz “Samuel disse a Saul...”. Estas palavras são as mesmas nas traduções de
Almeida Atualizada e Corrigida e na Bíblia de Jerusalém. A NVI apenas muda para
“Samuel perguntou a Saul”. Ou seja, as principais traduções em português dão a
entender que aquilo que é relatado se baseia em fatos verídicos. Portanto não
há evidências no texto que apoiam a interpretação de que Saul se confundiu ou
que a necromante o enganou.
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